Mario Fleck
Quando aparecer a primeira estrela na noite de
04 de setembro, cerca de 120 mil judeus de todo o país vão iniciar as comemorações
de duas das datas mais significativas e importantes do calendário judaico: o
Rosh Hashaná, Ano Novo Judaico, e o Iom Kipur, o Dia do Perdão. Durante este
período, comemora-se a criação do homem e todos são convidados a refletir sobre
seus relacionamentos com os demais seres humanos, questionando tudo o que foi
feito de errado e como pode ser corrigido.
Alimentos simbólicos – O Ano Novo Judaico
começa com uma celebração solene e também festiva da chegada do ano 5774.
Vários alimentos simbólicos são ingeridos na refeição da primeira noite de Rosh
Hashaná, entre eles, maçã com mel, para que se tenha um ano doce, chalá
(pronuncia-se ralá), um pão em formato redondo, que simboliza a continuidade e
o desejo de um ano sem conflitos e romã, para que os méritos sejam numerosos
como suas sementes. O peixe é uma tradição: sempre nada para frente e sua
cabeça pode ser oferecida ao decano da mesa como deferência especial.
Ingredientes como vinagre ou raiz forte devem ser evitados, para que o ano não
seja amargo.
Nas sinagogas, as orações incluem o toque do
Shofar, instrumento feito de chifre de carneiro e que nos avisa da chegada dos
“Dez dias de Arrependimento”, que começam com Rosh Hashaná e culminam com Iom
Kipur. Ao anoitecer de 13 de setembro tem início o Iom Kipur. Esta é
considerada a data mais sagrada do calendário judaico, em que se faz jejum para
atingir uma introspecção completa e pede-se o perdão dos pecados cometidos.
“O período das grandes festas nos chama à
reflexão e análise. Fazemos um balanço de nossas ações em busca da absolvição
dos erros cometidos e aspiramos à paz, trazendo a contribuição pessoal para
tornar o mundo melhor”.
Mario Fleck
Presidente da
Federação Israelita do Estado de São Paulo
Fonte: Conib