ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Mensagem de Rosh Hashaná da Fisesp

Mario Fleck

Quando aparecer a primeira estrela na noite de 04 de setembro, cerca de 120 mil judeus de todo o país vão iniciar as comemorações de duas das datas mais significativas e importantes do calendário judaico: o Rosh Hashaná, Ano Novo Judaico, e o Iom Kipur, o Dia do Perdão. Durante este período, comemora-se a criação do homem e todos são convidados a refletir sobre seus relacionamentos com os demais seres humanos, questionando tudo o que foi feito de errado e como pode ser corrigido.

Alimentos simbólicos – O Ano Novo Judaico começa com uma celebração solene e também festiva da chegada do ano 5774. Vários alimentos simbólicos são ingeridos na refeição da primeira noite de Rosh Hashaná, entre eles, maçã com mel, para que se tenha um ano doce, chalá (pronuncia-se ralá), um pão em formato redondo, que simboliza a continuidade e o desejo de um ano sem conflitos e romã, para que os méritos sejam numerosos como suas sementes. O peixe é uma tradição: sempre nada para frente e sua cabeça pode ser oferecida ao decano da mesa como deferência especial. Ingredientes como vinagre ou raiz forte devem ser evitados, para que o ano não seja amargo.

Nas sinagogas, as orações incluem o toque do Shofar, instrumento feito de chifre de carneiro e que nos avisa da chegada dos “Dez dias de Arrependimento”, que começam com Rosh Hashaná e culminam com Iom Kipur. Ao anoitecer de 13 de setembro tem início o Iom Kipur. Esta é considerada a data mais sagrada do calendário judaico, em que se faz jejum para atingir uma introspecção completa e pede-se o perdão dos pecados cometidos.

“O período das grandes festas nos chama à reflexão e análise. Fazemos um balanço de nossas ações em busca da absolvição dos erros cometidos e aspiramos à paz, trazendo a contribuição pessoal para tornar o mundo melhor”.

Mario Fleck
Presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo


Fonte: Conib

No Dia da Cultura de Paz, rabino e cônego lembrarão heroísmo de Irena Sendler

Irena Sendler


Por ocasião do Dia Internacional da Cultura de Paz, que se celebrará em 21 de setembro, o rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista, e o cônego José Bizon, da Casa das Reconciliação, participarão em São Paulo do 107º Fórum do Comitê da Cultura de Paz, uma parceria da UNESCO com a Associação Palas Athena.

No evento, que será realizado no dia 10 de setembro, às 19h, no auditório do Museu de Arte de São Paulo (MASP), os dois religiosos homenagearão a heroína Irena Sendler.

Sendler (1910-2008), polonesa católica, serviu na Resistência aos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Ela conseguiu retirar clandestinamente mais de 2.000 crianças judias do Gueto de Varsóvia, dando-lhes documentos de identidade falsos e moradia fora do gueto, poupando-as da morte no Holocausto.

Os nazistas descobriram suas atividades, torturaram-na, e condenaram-na à morte, mas ela conseguiu escapar e sobreviveu à guerra. Bem mais tarde, foi premiada com a maior honraria da Polônia pelos seus esforços humanitários e também foi indicada para (mas não ganhou) o Prêmio Nobel da Paz, em 2007. Por uma interessante coincidência, seu nome, em grego, Eirene, significa paz.


A importância de lembrá-la é clara, como nota a Palas Athena: “Se Irena Sendler foi capaz de defender a vida em condições tão extremas, com certeza também nós seremos capazes de oferecer um futuro a tantos jovens brasileiros vítimas da indiferença social e da violência estrutural”.